Diretoria do Arouca critica postura do Santos em disputa judicial por zagueiro João Basso

Escrito em 26/06/2025
Redação Santos - Jogo de Hoje

Clube português alega que recurso apresentado pelo time da Vila Belmiro tem como finalidade apenas protelar pagamento de dívida milionária



João Basso em treino no CT Rei Pelé — Foto: Raul Baretta/Santos FC

A recente iniciativa do Santos de recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) na tentativa de suspender a cobrança pela contratação do zagueiro João Basso gerou forte reação por parte da diretoria do Arouca, de Portugal. Joel Pinho, diretor-geral do clube europeu, manifestou indignação diante da postura adotada pelo time paulista.

— É inaceitável uma equipe que tem Neymar e contratou o Benjamín Rollheiser por 12 milhões de euros na última janela não ter 2,5 milhões de euros para pagar o que deve. Usar o CAS para ganhar tempo é algo que não é de clube sério. É Inacreditável — declarou o dirigente ao ge.

— O Santos sabe que tem que pagar. Eles não têm nenhum argumento válido. Só querem ganhar tempo.

De acordo com a defesa do Santos, a expectativa é de que o novo julgamento no CAS ocorra num prazo de seis meses a um ano. Enquanto isso, a Fifa não poderá aplicar qualquer sanção imediata, o que, por ora, impede o bloqueio de inscrições de reforços no clube.

A dívida gira em torno de 2,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 15,9 milhões na cotação atual) e tem origem na transferência de Basso, concretizada em julho de 2023. Desde então, apenas a primeira parcela, de 500 mil euros, foi paga pelo Santos.

Diante da ausência de novos repasses, o Arouca procurou a Fifa. Em maio, a entidade máxima do futebol notificou o Santos com um prazo de 45 dias para quitação total da dívida — prazo que se encerrou nesta terça-feira sem novo acordo.

Segundo o balanço financeiro mais recente do Santos, consta um débito de R$ 12,5 milhões com o clube português. No entanto, com a inclusão de multas e juros, o montante total já se aproxima de R$ 16 milhões.

O Santos chegou a tentar renegociar os termos, oferecendo parcelamento em 12 vezes, mas a proposta não foi bem recebida pelo Arouca.

— Depois da decisão da Fifa o Santos tentou fazer um acordo, mas esse acordo em nada defendia os nossos interesses — afirmou Joel Pinho.

Questionado sobre a possibilidade de aceitar o parcelamento, o dirigente foi enfático:

— O Arouca não é nenhum banco. A dívida já tem dois anos. Não faz sentido pagamento parcelado.

Fonte: Jogo de Hoje



.