Payet, jogador do Vasco, é alvo de investigação por denúncia de agressão feita por advogada

Escrito em 11/04/2025
Redação Vasco

Larissa Ferrari afirma ter vivido um relacionamento com o atleta e relata episódios de abuso físico, psicológico, moral e sexual. O francês deve prestar depoimento nos próximos dias.



Larissa, advogada, e Payet, jogador do Vasco — Foto: Reprodução

Dimitri Payet, meia do Vasco da Gama, está sendo investigado por acusações feitas por Larissa Natalya Ferrari, uma advogada de 28 anos. Ela afirma ter mantido um relacionamento extraconjugal com o jogador entre setembro de 2024 e março de 2025, período em que, segundo a denúncia, passou a ser vítima de diversos tipos de agressão.

O caso foi registrado na Polícia Civil do Paraná e também na Delegacia de Atendimento à Mulher, no Rio de Janeiro. Em um dos boletins, Larissa relata ter sofrido abusos físicos, morais, psicológicos e sexuais por parte do jogador. De acordo com ela, os episódios começaram após crises de ciúmes por parte de Payet.

Nos documentos acessados pelo g1, constam relatos de agressões ocorridas entre os dias 25 de janeiro e 6 de fevereiro. A advogada pediu medida protetiva e apresentou imagens com marcas de hematomas, que ela afirma serem consequência das agressões.

O g1 tentou contato com o agente de Payet, mas não obteve resposta até o momento da última atualização. O Vasco, por sua vez, declarou que não vai se pronunciar sobre o assunto neste momento. A expectativa é que o atleta preste depoimento à polícia nos próximos dias.

Durante os depoimentos, Larissa detalha situações vividas com o jogador:

— Os primeiros sinais das agressões foram em dezembro. Eu pedi dois ingressos para Vasco x Atlético-MG: um para mim e um para minha amiga. E a minha amiga postou uma foto dessa cortesia sem aparecer o nome dele e publicou no Instagram. E ele ficou muito bravo comigo. Foi a primeira vez que ele me ofendeu bastante, usou pressão psicológica comigo e foi a primeira vez que a gente discutiu — contou Larissa.

A partir daí, segundo ela, o comportamento de Payet mudou drasticamente.

— A partir desse dia, ele começou a comentar sobre palavras de punição, porque eu tinha decepcionado ele. Eu comecei a me sentir violada emocionalmente porque ele já começou a fazer essa pressão comigo. Na relação sexual, ele passou a me bater, pisar no meu rosto, no meu corpo. Eu ficava receosa de falar algo, porque eu sabia que aquilo era uma punição por eu ter errado e se eu não aceitasse a punição, eu poderia perder ele. Então, é, eu acabava aceitando.

O boletim também aponta que o jogador teria usado "chantagem emocional para obter vantagens sexuais".

Larissa conta que convive com transtorno de personalidade borderline, o que, segundo ela, foi explorado por Payet.

— Dimitri sabia da minha paixão e de problemas psicológicos, usando isso contra mim. Dimitri me convenceu a colocar minha cabeça no lixo, no vaso sanitário, me fez tomar minha própria urina e outras bizarrices sexuais.

A Polícia Civil do Paraná confirmou a existência de um registro em União da Vitória e informou que o caso foi encaminhado à corporação do Rio de Janeiro no dia 3 de abril.

Torcedora do Vasco desde criança, Larissa disse que o primeiro contato com Payet aconteceu pelo Instagram. Após trocarem mensagens, os dois passaram a se encontrar pessoalmente.

Atualmente, Larissa está fora do Rio e segue tratamento com profissionais da saúde mental, tomando medicamentos e recebendo acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Ela afirma que decidiu tornar público o caso com a intenção de encorajar outras mulheres que estejam passando por situações parecidas.



Larissa Natalya Ferrari mostra hematomas após suposta agressão — Foto: Reprodução


Larissa Natalya Ferrari mostra hematomas após suposta agressão — Foto: Reprodução


Larissa Natalya Ferrari mostra hematomas após suposta agressão — Foto: Reprodução

Fonte: Jogo de Hoje 360


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